Plantas Medicinais II

Abacateiro

O Abacateiro é a árvore do abacate, também conhecida como Abocado, Palta, Bego ou Avocado, que pode ser usada como planta medicinal para tratar problemas de pele, por exemplo.

O seu nome científico é Persea americana Mill e pode ser comprada em lojas de produtos naturais, farmácias de manipulação e em algumas feiras livres.

Para que serve o abacateiro

O abacateiro serve para ajudar no tratamento de abcessos, problemas do fígado, aftas, anemia, amigdalite, infecções urinárias, bronquite, cansaço, cefaleias, diarreia, dispepsia, dor de barriga, estomatite, estresse, gases, gota, hepatite, má digestão, tosse, tuberculose, varizes e vermes.

Propriedades do abacateiro

As propriedades do abacateiro incluem adstringente, afrodisíaca, antianêmica, antidiarreica, anti-inflamatória, anti-reumática, antioxidante, cicatrizante, depurativa, digestiva, diurética, emoliente, estomáquica, rejuvenescedora, tônica capilar e vermífuga.

Modo de uso do abacateiro

As partes utilizadas do abacateiro incluem suas folhas, frutos, sementes, óleos e flores.

• Infusão de abacateiro: colocar 25 g de folhas secas em 500 ml água fervente, deixando repousar por cerca de 10 minutos. Coar e beber 3 xícaras por dia.

Efeitos colaterais do abacateiro

Não foram encontrados efeitos colaterais do abacateiro.

Contraindicações do abacateiro

Não estão descritas contraindicações do abacateiro.

Figatil

A erva protetora do fígado

Analgésica e sedativa, mais potente que a aspirina, a Alumã – Vernonia condensata – pertence à família das Asteraceae e encontra-se na maioria dos quintais.

Nomes populares: boldo baiano, boldo japonês, boldo goiano, erva de pinguço, figatil, heparema etc.

Originária  da África tropical e trazida  ao Brasil nos tempos coloniais pelos escravos. Arbusto de 2 a 5 metros de altura, folhas simples, opostas, de sabor amargo-doce, flores esbranquiçadas reunidas em capítulos terminais, facilmente cultivada por estaquias.

Parte utilizada. Folhas, colhidas em qualquer época, de preferência antes da floração.

Propriedades terapêuticas. Analgésica e sedativa (mais potente que a aspirina), tratamento de cálculos biliares, inflamação de vesícula,  afecções hepáticas,  ressaca,  protetora da mucosa estomacal e do fígado.

Formas de utilização. As folhas podem ser usadas verdes ou secas, (melhor secas),  sob a forma de chá,  preparado na proporção de  uma colher de sobremesa  de folhas secas picadas para uma xícara  de chá de água fervente,  pela manhã em jejum e  antes das principais refeições.

Nos casos de problemas de vesícula ou insuficiência hepática ou ainda de colesterol alto, podemos misturar suas folhas em vinho, na dose de 5 colheres de folhas para uma garrafa de vinho tinto seco, deixar  em maceração (deixar de molho) por 8 dias e tomar um cálice  meia hora antes do almoço e jantar.

Constituintes químicos. Foram realizados  diversos estudos científicos para  documentação de seus princípios ativos como: óleos essenciais, taninos, saponinas, boldina e flavonóides.

Obs.: Além do alumã, temos no uso popular diversos tipos de boldo tais como, boldo-da-terra, boldo aromático ou mini-boldo e e ainda o boldo-do-chile (que é importado). O alumã, entre todos eles, é o que não apresenta  ação tóxica e  nenhuma contra-indicação. Esta planta, não  é normalmente comercializada por estar   uma planta   presente na  maioria dos quintais.

Zenaide Barcala Pires é bióloga e pós-graduada em Fitoterapia e Farmacologia.

PARA QUE SERVE O IPÊ ROXO

Tabebuia impetiginosa

O ipê roxo é um remédio tradicional da América do Sul, considerado um remédio específico para problemas como a candidíase, aplica-se na pele ou internamente.

Descrição : Trata-se de um árvore que apresenta folhas com 5 folíolos, pecioladas e dentadas.

As flores são roxo-violáceas, com cálice piloso e formam buquês terminais.

Os ipês perdem as folhas antes do aparecimento de algumas gemas florais. Quando as flores aparecem, elas revestem todos os ramos que estão desfolhados, e proporcionam uma paisagem muito bela, com que poucas árvores podem competir.

Após a florada, voltam as folhas e recobrir os ramos e aparecem os frutos, que são cápsulas contendo sementes de ipê-roxo, habitantes da América tropical, sendo que no Brasil é que se encontra sua maior distribuição.

Parte utilizada: Casca, folhas.

Indicações: Alergia, anemia, diabete, diarreia, candidíases, catarro da uretra, colite, coceira, estimulante do sistema imunológico (prevenção de leucemia, diabete, câncer), feridas, fungos, garganta, inflamação artrítica, leucemia, lúpus, mal de Parkson, malária, osteomielite, problemas respiratórios, psoríase, queimaduras, úlcera.

Origem : América tropical, desde o México até a Argentina. No Brasil se encontra sua maior distribuição.

Modo de Conservar:

As cascas e os cernes devem ser secos ao sol. Guardar em sacos de pano, com posterior moagem para transformação em pó.

As flores são utilizadas frescas ou secas à sombra e em local ventilado.

Princípios Ativos: Ácido tânico, ácido lapáchico, antraquinonas, carboidratos, desoxilapachol, flavonoides, fibras, gorduras, lapachol, naftoquinonas, proteínas, sais minerais, sais alcalinos, saponinas, vitaminas.

Propriedades medicinais: Adstringente, analgésico, antiblenorrágica, antimicrobiana (gram +), anti-inflamatória, anti-infecciosa, antitumoral, antinevrálgica, antissifilítica, antibactericida, antifungo, depurativa, diurético.

Contraindicações/cuidados: Gravidez, período de lactação. Altas doses causam náuseas, vômitos, diarreia, efeito anticoagulativo do sangue; abortivo; não foi evidenciada toxidez hepática ou renal.

Modo de usar

Varizes; hemorroidas; úlceras varicosas; depurativo após a sífilis, eczemas : coloque 1 colher de chá do pó da casca em 1 xícara de chá de água em fervura. Deixe em cozimento por 10 minutos e filtre ou coe. Tome 1 xícara de chá de 1 a 3 vezes ao dia.

Depurativo após a sífilis; reumatismo; feridas; imunoestimulante; antitumoral: coloque 2 colheres de sopa de pó em 1 xícara de chá de álcool de cereais a 70%. Deixe em maceração por 3 dias e coe em um pano. Tome 1 colher de chá, diluído em um pouco de água de 2 a 3 vezes ao dia. Para crianças dar 1 colher de café. Nos casos de feridas, diluir essa tintura com água, meio a meio, e aplique nas partes afetadas, com um chumaço de algodão.

Afecções da boca, feridas, estomatite, aftas e herpes labial; em um pilão, coloque 3 colheres de sopa de flores frescas e adicione 1 xícara de café de água fervente. Amasse bem e coe em um peneira fina ou gaze. Em seguida, acrescente uma xícara de café de mel. Misture bem, aplique nas partes afetadas, com um chumaço de algodão várias vezes ao dia.

Extrato alcoólico do pau-d'arco-roxo

Planta medicinal: Pau-d'arco-roxo (Tabebuia avellanedae)

Material utilizado: O pó da entrecasca do pau-d'arco-roxo e álcool de cereais a 70%.

Modo de preparar o extrato alcoólico do pau-d'arco-roxo:

1) Colocar em um recipiente apropriado, com tampa hermética, duas colheres das de sopa de pó da entrecasca do pau-d'arco-roxo

2)  Adicionar uma xícara das de chá de álcool de cereais a 70%.

3)  Deixar em maceração por no mínimo cinco dias.

4)  Filtrar em coador de papel.

5)  Armazenar em um vidro escuro, ao abrigo de luz solar.

Quando e como usar o extrato alcoólico do pau-d'arco-roxo:

Indicação:Ação depurativa após a sífilis.

Modo de usar:Tomar uma colher das de chá do extrato alcoólico, diluído em meio copo d'água, duas a três vezes ao dia. Repetir o tratamento para alcançar o resultado esperado.

Indicação:Reumatismo.

Modo de usar:Tomar uma colher das de café do extrato alcoólico, diluído em meio copo d'água, duas a três vezes ao dia. Repetir o tratamento pelo tempo necessário ao alívio.

Indicações :Tratamento auxiliar da prostatite, tratamento au­xiliar em algumas formas de tumores malignos.

Modo de usar:Tomar uma colher das de café do extrato alcoólico, diluído em meio copo d'água, duas a três vezes ao dia, como tratamento auxiliar.

Contra-indicações :Na gravidez, na lactação, para crianças em geral e pessoas sensíveis às substâncias presentes no pau d'arco roxo.

Pó do pau-d'arco-roxo

Planta medicinal: Pau-d'arco-roxo (Tabebuia avellanedaé)

Material utilizado: O pó da entrecasca do pau-d'arco-roxo.

Modo de preparar o pó do pau-d'arco-roxo:

1. Colocar para cozinhar uma colher das de chá do pó da entrecasca do pau-d'arco-roxo em água suficiente para dar uma xícara das de chá de chá.
2. Cozinhar por cinco minutos em fogo baixo.
3. Esperar amornar até chegar à temperatura apropriada para beber.
4. Coar bem.

Quando e como usar o pó do pau-d'arco-roxo:

Indicações: Varizes e hemorroidas.

Modo de usar: Tomar uma xícara de chá uma a três vezes ao dia. Repetir o tratamento pelo tempo necessário à cura ou alívio.

Indicações: Tratamento auxiliar da  prostatite, tratamento au­xiliar em algumas formas de tumores malignos.

Modo de usar: Tomar uma xícara de chá uma a três vezes ao dia. Repetir o tratamento pelo tempo necessário ao alívio.

Contraindicações: Na lactação, na gravidez e para pessoas sensíveis às substâncias presentes no pau-d'arco-roxo.

BANHO DE ASSENTO DO CHÁ DO PAU D'ARCO-ROXO

Modo de preparar

Preparar o chá por cozimento utilizando seis colheres das de sopa de entrecasca picada em um litro de água.

Ferver por dez minutos.

Coar.

Quando e como usar

Indicação: Inflamação na vagina, inflamação no colo do útero, inflamação no ânus.

Modo de usar:

Adicionar o chá na água morna e fazer o banho de assento por vinte minutos à noite. Repetir o tratamento durante o tempo necessário à cura.

Forma do Chá : Cozimento

Forma de Uso : Banho de Assento

Partes Usadas : Entrecasca

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