segunda-feira, 31 de agosto de 2015

Tratamento térmico rudimentar para aço - Básico e sem frescura.

Tratamento térmico rudimentar para aço - Básico e sem frescura.


Se o camponês fazia em 1500, você faz hoje com muito mais facilidade.
Poder fazer as próprias lâminas é um sonho de muitos, e além disso é uma das principais habilidades de um sobrevivencialista, ora, com ferramentas você constrói coisas, construindo as suas ferramentas você dá um passo enorme rumo ao processo de autossuficiência., nesta postagem vamos tratar da tempera básica para ferramentas para pessoas comuns, ou seja sem frescuras.



Meu amigo pense um pouco,  que diabos você acha que um camponês em 1500 fazia com o aço que você não pode fazer hoje em sua casa? Pois é, todo mundo pode e hoje eu vou dizer como, afinal somos sobrevivencialistas.

Decidi fazer uma postagem totalmente fora dos padrões, algo quase medieval, e vou me dar a este luxo porque sei que os comentários vão ser entupidos de centenas de explicações técnicas.

Na idade média, espadas, lanças , armaduras, peças de forjaria e etc eram feitas na unha, sem o infinito acervo de técnicas e modernidades disponíveis hoje em dia, para tanto até 80 anos atrás, todas as peças de aço feitas em pequenas localidades se serviam única e exclusivamente da sensibilidade do ferreiro.
Neste cenário antigo, espadas eram realmente submetidas a impactos aço x aço, facas tinham de durar uma vida, ou duas já que era comum ficarem de herança ao filho mais velho, outros aços temperados como o de arados, enxadas, machados tinham o mesmo destino.

Forja dos sonhos

Você precisa pegar um aço com uma boa quantidade de carbono em sua composição,  molda-lo na forma que quiser. Depois você coloca a peça em um fogo até avermelhar, vc encosta o aço em um imã se não grudar enfia o treco fumegante na água. Pronto você acaba de fazer a têmpera do aço e deixa-lo duro pra cacete, mas acredite, não é só isso.

 Quando você aquece muito um aço, suas moléculas de carbono se expandem, ao esfria-lo abruptamente elas se contraem, só que não voltam a ser o que eram antes, elas se juntam mais, se ligam e o aço se torna mais duro, muito mais duro, a ponto de quebrar com impactos.

AQUECIMENTO

Na idade média não havia fornos a gás e forjas industriais, muitos ferreiros trabalhavam com a queima de lenha simples e ordinária, os mais "favorecidos" usavam carvão, literalmente o mesmo carvão que você usa pro churrasco e muito provavelmente o lugar que vc os queima hoje, a churrasqueira, é uma peça 800% mais tecnológica do que a antiga forja camponesa por conta de proteções térmicas como tijolos e materiais refratários. As antigas eram de pedras comuns e ordinárias ligadas com barro.

Forjaria rudimentar na idade média.

O carvão bate fácil 900ºC de queima em seu núcleo, isso é o suficiente para avermelhar o aço, mas demora, então para anabolizar a coisa antigos e atuais ferreiros injetam oxigênio e elevam a temperatura para 1200ºC ou mais, quase o ponto de fusão da maioria dos aços. Os antigos usavam um fole, profissionais usam sopradores, e qualquer um pode abanar muito ou sobrar as brasas com um secador de cabelos ou mesmo estes sopradores de churrasqueira baratinhos.

AÇO

Vou descomplicar tudo para você, se não entende nada deste assunto e mesmo assim quer fazer suas próprias ferramentas personalizadas, temperadas,  entenda de cara que ferramentas similares são feitas do aço que vc precisa. Se quer uma faca uma foice vai te dar o material, para um machado um martelo serve, para uma espada molas de caminhão ou de carro, pontas de flecha qualquer resto de aço ou de ferramentas.

RECOZIMENTO

É o que vc faz assim que escolhe o aço que quer trabalhar, vc acende sua forja, deixa muito quente e coloca a peça para avermelhar, quando o aço chegou no ponto vermelho cereja, você coloca novamente no meio do carvão e deixa lá até tudo esfriar. Vai demorar sim, mas este processo de esfriamento lento faz exatamente o oposto da têmpera, ele abre as moléculas de carbono e lenta mente deixa nesta posição, desta forma o aço fica mais "mole" facilitando o trabalho de usinagem.
Muitos ferreiros usam bigorna e porrada durante o processo de recozimento para dar forma que precisam como curvas, dobras e irregularidades, após assumir a cor cereja o aço ainda quente fica mole e moldável a marteladas, depois de esfriar lentamente a peça vai para usinagem.

USINAGEM

Com ferramentas comuns, como serras, limas, lixas esmeril, martelos e afins você dá forma ao que quer,é neste ponto que vc define o perfil de corte, detalhes, desenho detalhado etc.
Trabalho braçal ? Sim cara, os antigos poupavam o braço usando a bigorna para modelar as peças e ganhar tempo.

TEMPERA

Para temperar um aço você precisa aquece-lo a altas temperaturas e resfria-lo rapidamente. Não há segredos demais nisso, mas há macetes, se você não tem um termômetro, e de fato ele não ajuda muito em forjas a carvão por conta da dispersão de calor irregular, a melhor forma de saber o ponto de tempera é com um ímã,  o aço no ponto certo perde suas propriedades magnéticas. Tudo certo coloque o aço na água e segure-o lá até esfriar.

Antigamente não havia furação nas facas, os cabos eram de couro ou engatados em chifres ou madeira.

Pode trincar? sim pode, o macete é não deixar a água fria, mas morna, com um bom punhado de sal dissolvido, isso vai ajudar no choque térmico.
Muitos mestres das forjas usam tecnicas de tempera seletiva em facas, isso é, só mergulhar uma parte da faca no liquido que vai resfria-la, geralmente a parte do fio, deixando o dorso da peça mais mole.
Eu concordo que é uma boa estratégia para facas com espessura de torção, até 3 mm, mas facas feitas em chapas mais grossas, não vão ser "torcidas" então é uma pratica totalmente irrelevante.
Ferramentas de usinagem com talhadeiras, também recebem tempera seletiva.

REVENIMENTO

Depois de temperado o aço fica tão duro que uma queda pode quebrá-lo como vidro. Lá nos tempos antigos, o ferreiro, no fim do trabalho esperava a temperatura do carvão cair e recolocava a peça SOBRE as brasas, e não dentro delas. A peça recebia um calor menor, não suficiente para fazer as moléculas se agitarem, mas o suficiente para que se desgrudem um pouquinh.
Este pouquinho faz o aço adquirir o elemento que faltava, que é a resistência a quebra.
Se você acender o forno da sua casa, bem baixo, lá pelos 150 - 180ºC e deixar a peça por uma hora, já consegue este benefício.


Mas é só isso batata? É cara, só isso.
Desta forma você já está trabalhando com mais meios que um ferreiro medieval trabalhava e vai poder fazer uma montanha de ferramentas específicas, ou reforçar peças que dispõe, como travas, engates e etc.
Vai poder também fazer facas muito funcionais.
Agora é o seguinte, o cara vai ter que ter MUITA experiência nos meios rudimentares e simples de tratamento térmico para fazer peças comparáveis a outras com meios modernos. Mesmo entre os amadores com estruturas bem simples, muitos usam óleo ao invés de água, tabelas de temperaturas, aços e até as colorações de revenimento, fazendo a coisa certa pro aço certo, e sim você deve consultar estas tabelas que estão na web e vc acha com muita facilidade.


Agora você deve estar pensando: "Se ele me orienta a ver as tabelas e estudar mais, porque fez esta postagem simplória?" Porque somos sobrevivencialistas amigo! Nós temos que operar nossas habilidades no cenário mais desfavorável possível e com o mínimo de recursos, e se você aprender a fazer uma faca usando lenha, água e uma lima, meu chapa, você vai conseguir se virar em qualquer lugar, captou??!!!
Bom, é isso, eu volto em breve trazendo uma lista de materiais básicos para uma forja doméstica para peças pequenas como faca, talhadeira e etc, espero que tenham gostado e entendido o conceito da postagem, obvio que eu adoraria ver links e comentários dando mais dicas sobre o tema e saber a opinião de vocês sobre isso.

Abraços.
(Guia do Sobrevivente)

quinta-feira, 27 de agosto de 2015

A melhor forma de construir um grupo de sobrevivencia


Quando nós conversamos com alguém sobre como começar a se preparar é fácil achar que eles entenderão por que é óbvio que o mundo está indo para o inferno.
Você pode tentar convencer alguém em estar contigo no caso de uma crise se esta pessoa é importante para você (membro da família por exemplo) ou se aquela pessoa tem habilidades que você precisará (algum amigo que é médico mas não sabe nada sobre preparação).
Sim, é claro que a melhor combinação é quando você tem membros na família que já possuem estas habilidades importantes (medicina, conhecimento sobre armas, cultivo de animais e plantas) e você só precisa de uma boa conversa e de certo tempo para colocá-los no caminho da preparação.
O problema é que esta combinação é muito rara e, algumas vezes, mesmo que você tenha a sorte de tê-la, há possibilidade que estas pessoas sejam “inúteis” por não terem condições psicológicas de lidar com um cenário de crise.
Ainda assim, existem atividades para “promover” ou simplesmente “testar” seus amigos e familiares para verificar se eles são bons “candidatos” para o seu grupo de sobrevivência.
É um processo lento, você não pode simplesmente chegar para alguém e dizer para ele que você fortemente acredita que o mundo como conhecemos irá acabar nos próximos anos e que todos nós precisamos estar preparados para isso.

Acampamentos

Não há nada mais simples e valoroso em termos de aprendizagem e checagem de habilidades de alguém (incluindo você) do que alguns dias acampando no mato.
Eu estou falando sobre acampar com barracas simples, com ferramentas e itens necessários apenas e sem arrastar uma camionete cheia de coisas que faça seu acampamento parecer um churrasco no quintal da sua casa.
Como começar fogo, reconhecer diferentes tipos de madeira, como não se matar com um machado enquanto você coleta lenha, pescar, limpar e preparar a comida. Comprar carne no mercado é algo completamente diferente de matar animais e limpá-los para deixá-los comestíveis, para algumas pessoas até mesmo matar peixes é algo que exige um grande esforço.
Uma pessoa pode ter uma nova perspectiva de vida depois de passar a noite deitado em uma barraca durante uma tempestade com a temperatura caindo cada vez mais.
Ao acampar com estes “candidatos” você pode falar com eles sobre quantas pessoas morreram no ano passado por que não estavam conscientes de como tudo é frágil mas ele simplesmente vai pensar que essa mer@# está acontecendo em outro lugar e não com ele.
Mas ele sempre irá lembrar do quão frio era pois ele não tinha as meias certas, sapatos ou saco de dormir. Ou quão difícil é fazer sua própria comida quando está um frio congelante.

História

Nada como experiências reais.
Certa vez eu estava acampando com um amigo em uma montanha próxima à um lago e no meio da noite ele saiu para procurar pelo “banheiro”.
Ele não levou lanterna, andou um pouco demais no meio da mata e claro que depois de terminar seu trabalho descobriu que não tinha ideia de como voltar para as barracas.
Depois de vinte minutos vagando ele gritou e eu acordei, ele estava bem próximo das barracas então eu o trouxe de volta. Um homem desse precisa crescer, tão frágil.
Ele disse que nunca ficou tão assustado assim antes e que não tinha ideia de que “era tão escuro na mata”.
Lição aprendida.
É simples. Aconteceu antes e irá acontecer novamente. E provavelmente será pior.
Como sociedade, nós inventamos ferramentas que permitem que os eventos de colapso sejam cada vez maiores, piores e mais feios.
Nós estamos vivendo em um mundo onde as vítimas são apenas um número, onde existe uma linha tênue entre aqueles que estarão protegidos e escondidos quando uma crise ocorrer e aqueles que morrerão em grandes números.
Você ainda acredita que o governo está aí para cuidar de você? Quando uma crise acontece, a maioria das pessoas será deixada para cuidar de si mesmas e é isso.
Foi assim muitas vezes antes e no futuro isso será ainda pior pois cada vez mais dependemos de sistemas que são frágeis.
Sugira para alguém que é querido para você que leia experiências reais em cenários de crise
Escolha bem seus livros. Por exemplo, algum general que estava envolvido na Segunda Guerra Mundial e escreveu um livro pode lhe ensinar bastante sobre táticas e números, mas um homem que sobreviveu ao holocausto em um campo de concentração pode ensiná-lo muito mais sobre viver e morrer.
Saber como exércitos foram derrotados é interessante, porém saber como um homem sobreviveu se escondendo como um animal é muito mais interessante em termos de sobrevivência.
Filmes, documentários, séries de TV, internet e todo o resto são ótimas fontes de informação e ferramentas para lhe dar as ideias certas, mas experiências reais são sempre melhores.
Se necessário, finja uma queda de energia longa para deixar as pessoas desconfortáveis. Isso não é “ser malvado”, é para mostrar para as pessoas o quanto elas depende das coisas e as consideram garantidas. Sobrevivência é recuperar as habilidades que todos humanos deveriam ter e precisaram por muitos milhares de anos.
Mas como eu mencionei várias vezes antes, existe perigo em se envolver na preparação apenas comprando itens em vez de desenvolver a consciência e conhecimento correto. Aprender o bom senso.
(Julio Lobo - Sobrevivencialista)
Traduzido e adaptado do blog SHTF School.

segunda-feira, 24 de agosto de 2015

Como encontrar água em um ambiente selvagem

A coisa mais importante para a vida é a água. O ideal é bebermos pelos menos 2 litros por dia para manter a saúde do corpo. O organismo utiliza água em vários processos internos, como na circulação e na digestão por exemplo. Se a pessoa ingere menos água do que seu corpo gasta ela fica desidratada fazendo com que as células se encolham e a circulação pare. O ser humano resiste no máximo três dias sem água. Por isso, mesmo em situações extremas como ficar perdido ou isolado em um ambiente selvagem é preciso manter a calma e encontrar uma fonte de água para garantir sua sobrevivência. Uma boa dica é prestar atenção na vegetação, na rota de vôo dos pássaros, nas aglomerações de insetos e nas pegadas dos animais, que geralmente indicam um caminho para água.

Se o solo for barrento é sinal de que há água nele. Nesse caso você deve fazer um buraco de 30 cm de profundidade e diâmetro e esperar que ele se encha de água. Outra opção é armazenar água da chuva com algum recipiente ou folhas de plástico. Se você estiver em um ambiente muito frio pode descongelar a neve e beber.

Mesmo que você esteja desesperado nunca coma neve nem beba outros líquidos como sangue, urina, água salgada, líquidos de peixes e álcool. Essas substâncias podem acelerar o processo de desidratação e comprometer seriamente a sua saúde. Se não houver uma fonte de água fresca como rios e cachoeiras por perto você deve aplicar técnicas de coleta. Uma alternativa é fazer um alambique subterrâneo, para isso é preciso ter pedaços de plástico, uma pedra, um recipiente, um tubo e algo para cavar.


O alambique faz com que a condensação desça pelo plástico até o recipiente e pode produzir até 1 litro de água potável por dia. 

Outra técnica de coleta é a da transpiração, para usá-la é preciso colocar uma pedra no fundo de uma sacola plástica e amarrá-la num galho de uma árvore com folhas.


A umidade que a planta produzir será armazenada na sacola e pode ser consumida. 

Se você estiver perto da costa pode fazer um poço de praia, cavando um grande buraco atrás de uma duna, depois coloque pedras na parte de baixo do poço (para separar a areia do fundo da água acumulada) e alinhe as laterais com madeira para que as paredes não desmanchem.


A técnica do poço pode render 20 litros de água filtrada em poucas horas. 

Mesmo que você esteja perto de um rio ou outra fonte de água fresca é preciso filtrá-la e purificá-la para evitar contaminações, a melhor opção é a fervura, mas você também pode usar um pano ou filtro caseiro feito de pedras, sacola plástica, areia e carvão vegetal para conseguir água limpa e pronta para beber.


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Charles Bryant.  "HowStuffWorks - Como encontrar água em um ambiente selvagem".  Publicado em 07 de janeiro de 2008  (atualizado em 28 de novembro de 2008)http://viagem.hsw.uol.com.br/como-encontrar-agua-na-natureza1.htm (28 de novembro de 2011)

sábado, 22 de agosto de 2015

O que é Sobrevivencialismo

Sobrevivencialismo é um movimento de grupos ou indivíduos (chamados sobrevivencialistas ou preparadores) que estão ativamente preparando-se para emergências, até em caso de possíveis rupturas na ordem política e social local, regional, nacional ou internacional. Os sobrevivencialistas normalmente preparam-se para se antecipar as essas acontecimentos por meio de treinamentos, armazenamento de água e comida, preparação para autodefesa e autossuficiência, e/ ou construindo estruturas que os ajudarão a sobreviver ou desaparecer (ex.: refúgios de sobrevivência ou abrigos subterrâneos). É um movimento predominante nos Estados Unidos e por isso sua nomenclatura é fundamentada no inglês, assim como suas principais preocupações são relacionadas com riscos existentes naquele país.
As rupturas frequentemente citadas pelos sobrevivencialistas são: catástrofes naturais, catástrofes provocadas pela humanidade, ruptura na ordem social e política, colapso geral da sociedade, colapso da economia, emergências sanitárias e evento apocalíptico inexplicável.

sexta-feira, 21 de agosto de 2015

FAZENDO UMA BÚSSOLA CASEIRA - Modelo 02


A bússola é um instrumento de orientação geográfica usado há bastante tempo pelo homem; de acordo com diversos livros, foi inventado pelos chineses. O instrumento em questão sempre marca para o norte. 

Tendo em vista a grande importância que a bússola possui, pode-se fabricar esse instrumento dentro da sala de aula, com a participação de todos os alunos. Além de conferir seu respectivo funcionamento, isso promove uma integração entre eles e os colocam mais próximos da prática.

Para realização desse experimento, são necessárias cerca de duas aulas de cinqüenta minutos, incluindo os materiais e objetos usados na confecção da bússola, que são: um imã, usado em enfeite de geladeira, um grampo de fechar pasta de arquivo, martelo, um prego, uma rolha e uma agulha.

Modo de fazer

• Abra o grampo e dobre as hastes.

• Coloque nas extremidades das hastes, canudos de cores distintas para facilitar a identificação dos sentidos.

• Usando o martelo e um prego, faça um pequeno amassado no centro do grampo.

• Ao ocorrer o contato entre um ferro e um imã, 
automaticamente são formados novos imãs. Desse modo, introduza a agulha na rolha de maneira que fique para fora. Agora coloque o grampo sobre a ponta da agulha, encaixe-a na saliência e espere até que se equilibre.

• O último passo é verificar se o experimento realmente funciona. Em uma das pontas do grampo, aproxime o imã; caso tenha sido corretamente executado, uma extremidade será atraída e a outra será afastada. Logo após, retire o imã e tudo que for de metal, certamente a bússola indicará o norte, como todas as outras.



Por Eduardo de Freitas
Graduado em Geografia
Equipe Brasil Escola

quinta-feira, 20 de agosto de 2015

Dicas de Sobrevivência em Tempos de Crise


1. Introdução

(Antonio Martins - Rio de Janeiro)

Moro na Região Serrana do Rio de Janeiro, na cidade que foi a mais castigada pela catástrofe das enchentes e deslizamentos de encostas no começo do ano.

Logo após a tragédia, comecei a trabalhar como voluntário junto ao Corpo de Bombeiros, trabalhei com eles por cerca de uma semana, depois tive que voltar ao meu próprio trabalho. Rodei por quase todo o município, ví muita coisa, conversei com muita gente.

[Imagem: chuva-destruicao-deslizamento-teresopoli...1295016503]
Parece um cenário de Guerra, não?

As autoridades dizem que o total de mortos foi de cerca de 800, em toda Região Serrana.

Mentira deslavada. Só na minha cidade morreram mais de 1000 pessoas, sem sombra de dúvida! (Mas isso é outra estória…).

Posso dizer que tenho alguma experiência prática em situações de crise. Gostaria de compartilhar com vocês um pouco do que eu aprendi, sobre como passar por situações de crise / catástrofes.

É muito importante estar preparado, pois quando o evento acontece, tudo muda e você pode não ter tempo ou possibilidade de adquirir os recursos básicos necessários.


2. No Momento da Crise

Avalie bem o local onde você mora.

Quais riscos eu correira aqui se algo acontecesse? O local é propenso a inundação? Suportaria um vento muito forte? Pode ser soterrado ou atingido por escombros em caso de deslizamentos? Em caso de incêndio, tenho meios para combatê-lo? Qual o lugar mais seguro da residência para me abrigar?

Se você identificar algum risco, tente encontrar alguma solução e a implemente o quanto antes, ou trace um plano de ação. É muito importante ter pelo menos uma idéia do que fazer em uma emergência.

Durante o evento, fique muito atento aos sinais.

Estalos e barulhos incomuns na estrutura da casa / prédio pode indicar um desabamento iminente. Aparecimento de rachaduras nas paredes também. As rachaduras mais perigosas são as que correm em ângulo aproximado de 45º.

Em caso de inundações, monitore constantemente o nível da água.

Se sua moradia oferece risco, ou se as condições estão se deteriorando, saia enquanto é tempo.

Pegue seu kit de emergência (falaremos disto mais adiante) e busque um local seguro.

Muito cuidado com correntes de água. Meio metro de água / lama correndo pode facilmente te derrubar e te arrastar.

As ocorrências possíveis são inúmeras, mas para todas elas existe uma regra básica: Não entre em pânico. Mantenha a calma e seja racional. Avalie muito bem a situação e tome a decisão que lhe ofereça maiores chances de sobrevivência.


3. Comida 

Tenha em casa, sempre, uma quantidade de comida estocada suficiente para alimentar a você e os seus por, no mínimo, 1 mês em condições normais (podem durar até 3 meses se racionados).

Dê preferência a alimentos que não necessitam de cozimento para o consumo, e que não necessitem de refrigeração para sua conservação. Enlatados, defumados, chocolates e doces, desidratados e similares.

Se seu abastecimento de gás é por encanamento, você vai ficar sem gás nos primeiros momentos do evento. Se você utilizar gás de botijão, tenha sempre dois em casa, um em uso e outro cheio, de reserva.

Fornecimento de eletricidade é a primeira coisa que falha em uma situação de crise. Sua geladeira provavelmente vai estar abastecida, então, assim que a energia falhar, tente consumir ou cozinhar todos os alimentos que estragarão rapidamente (como carnes, queijos, leite, e etc…). Alimentos cozidos duram alguns dias sem refrigeração. Consuma estes primeiro, antes que estraguem (é preferível se empanturrar com eles do que deixar estragar, vai ser energia acumulada, que você pode precisar depois). Depois deste “banquete” inicial, que deve durar uns dois dias, racione a comida.

Mantenha seu estoque em condições de consumo. Ninguém sabe quando uma emergência (natural ou provocada) vai acontecer, pode ser amanhã ou daqui a 5 anos. Monitore a validade dos alimentos estocados. Vá consumindo os que estão próximos de vencer no seu dia a dia, e repondo o material no estoque, a fim de garantir um estoque em boas condições e não gastar dinheiro repondo o estoque todo de uma só vez.

Se você mora em uma casa com quintal, plante alguns alimentos assim que possível (claro que não dá para esperar uma emergência para começar a plantar).

Dê preferência para tubérculos e raízes como mandioca, cenoura, nabo, beterraba, batata, batata doce, inhame e outros das mesmas famílias. Não colha para tentar armazenar em casa, este tipo de vegetal , depois de “maduro” permanece por longos períodos no solo, sem estragar. Além de fornecerem bastante energia e “encherem a barriga”. Mantê-los no solo é a melhor maneira de conservá-los. Além disso, se você não colher, a cada colheita mantida no solo, eles se multiplicarão (mais os tubérculos, como inhame, mandioca e batatas).

Deixe-os como sua reserva de emergência. Só os consuma em último caso.

4. Água

Água é o item crítico.

Pode-se viver indefinidamente sem energia elétrica, pode-se passar um bom tempo com muito pouca comida e vários dias sem nenhuma comida.

Mas sem água, você não dura nem 5 dias.

Não é apenas água potável que faz falta. Se você não tiver água disponível para usar na descarga do sanitário, para higiene pessoal e para lavar pratos e panelas, em pouco tempo sua casa ou apartamento ficará inabitável e as chances de contaminação por bactérias aumentarão muito.

Se você mora em apartamento:

Mantenha sempre alguns galões de água potável em casa, suficientes para durarem por um ou dois meses (faça o cálculo de 1/2 litro de água por dia por pessoa, isso racionando).

Assim que a emergência acontecer, encha com água da torneira quantos recipientes você tiver disponíveis em casa, pois a água da caixa coletiva do edifício acabará rapidamente.

Reaproveite a água, por exemplo usando a água que você lavou os pratos ou tomou banho para a descarga do sanitário. Um sanitário de caixa acoplada (6 litros) facilita muito nessa hora, avalie a possibilidade de instalar este tipo de sanitário na sua casa. É meio nojento, mas tente usar esta água na descarga o mínimo possível, apenas uma ou duas vezes por dia.

Se a situação estiver realmente crítica, avalie se livrar dos seus dejetos de outra maneira, sem usar água.

Enquanto tiver água no chuveiro, tome banho o mais rápido possível. Abra o chuveiro e se molhe (dá para fazer isso em menos de 10 segundos), depois se ensaboe com o chuveiro desligado, abra novamente o chuveiro e se enxague (dá para fazer isso em menos de 30 segundos).

Tampe o ralo e colete a água usada no banho para usar na descarga. Quando a água da caixa acabar, tome banho “de canequinha”, sempre coletando a água usada.

Tente instalar nas janelas um coletor de água da chuva.

Uma placa de madeira coberta de plástico fixada na janela em ângulo de cerca de 30º com certeza coletará alguma água de chuva.

Use a água coletada nos primeiros 30 minutos de chuva apenas para higiene, não beba esta água, nem mesmo após esterelizá-la. Alguns componentes químicos podem ser muito difíceis de serem eliminados, mas depois de 30 minutos de chuva, a água coletada já será muito mais limpa.

Depois de esterilizada (veja mais adiante como fazer isso) essa água pode ser bebida, mas só faça isso em caso de necessidade, use-a a princípio para higiene pessoal e limpeza (lavar roupas, pratos, sanitário, etc..).

Se você mora em casa:

Se você tiver quintal, pense seriamente na possibilidade de furar um poço no seu quintal. É necessário ter um sistema manual para puxar a água do poço .

Pense seriamente também na possibilidade de construir uma cisterna de grande capacidade ou pelo menos instalar mais caixas d’água . Se construir ou já possuir uma cisterna, instale também o sistema de bombeio manual.

Prepare um sistema de coleta de água da chuva (pode ser feito adaptando-se uma derivação na calha do telhado).

Tenha dois tambores de 200 litros para coletar a água. Use um tambor apenas para coletar água dos primeiros 30 minutos da chuva e nunca misture esta água coletada chuva com a da cisterna, caso tenha uma.

Use esta água da chuva apenas para a descarga do sanitário.

[Imagem: minicisterna01p.jpg]

Depois de 30 minutos de chuva, você vai passar a coletar água mais limpa, mude a saída do seu coletor para o segundo tambor.

Depois de filtrada e esterilizada, essa água pode ser bebida, mas só faça isso em caso de necessidade, use-a a princípio para higiene pessoal e limpeza (lavar roupas, pratos, sanitário, etc..)

Filtrando e Descontaminado a água:

Você pode filtrar e descontaminar a água, com materiais fáceis de encontrar e de baixo custo.

[Imagem: filtro-de-chuva_capa.jpg]

[Imagem: 2010_1105-materia-garrafas-pet.jpg]
Descontaminador de água de baixo custo

Você também pode construir um destilador de água solar.




[Imagem: 3190656535_b4ebb67a13.jpg]

Informações sobre descontaminação aqui: http://revista.fapemig.br/materia.php?id=646 e aqui: http://www.bvsde.paho.org/bvsaidis/tratagua/ii-006.pdf

Instruções detalhadas para construção dos sistemas de coleta e filtragem de água da chuva aqui: http://www.sempresustentavel.com.br/hidrica.htm

5. Eletricidade

Como eu já disse, eletricidade é a primeira coisa a falhar. Não causa muitos transtornos se você estiver preparado.

O pior da falta de eletricidade é ficar sem receber nenhuma notícia (sem TV, sem internet, sem radio).

Tenha em casa algumas lanternas, dois rádios pequenos a pilha, velas e um lampião a gás, com um botijão daqueles bem pequenos.

Tenha em estoque pilhas alcalinas e também algumas pilhas recarregáveis. Tenha dois carregadores solares de pilhas e baterias.

Além das pilhas para as lanternas e radios, você também poderá recarregar máquinas fotográficas, GPS e o que mais de eletrônicos você precisar.

[Imagem: chinavasion-CVRL-S30-2.jpg]

Se você tiver disponibilidade de água para tomar banho, um banho quente também faz uma falta danada.

Pode parecer bobagem, mas um banho quente, mesmo super curto, levanta o moral e dá um certo conforto psicológico e isso são coisas importantes em situações de crise.

Se você mora em uma casa, pense na possibilidade de instalar um aquecedor solar, para ter água quente independente do fornecimento de eletricidade.

Como construir e instalar um aquecedor solar de baixo custo: http://www.sociedadedosol.org.br/asbc/asbc_online.htm

Rádios portáteis VHF e UHF também seriam de grande utilidade.


6. Proteção Individual


Cedo ou tarde você vai ter que sair do seu abrigo e enfrentar as ruas.

É possível que você tenha que passar por escombros e / ou áreas contaminadas. Eu recomendo as seguintes medidas de proteção:

Pés – use um calçado resistente e de cano longo (o mais longo que você encontrar, tipo um coturno).

Calce uma meia, depois coloque um saco plástico por cima, depois outra meia e por cima de tudo outro saco plástico. Prenda com fita adesiva ou amarre com um cordão no tornozelo (não muito apertado, para não afetar a circulação sanguínea).

Calce a bota / botina / coturno por cima.

Deixe os sacos plásticos meio folgados, se você colocá-los muito justos seu pé vai deslizar e rasgar o saco, que perderá o efeito. Por essa razão é que se coloca um saco entre as duas meias, este não irá deslizar e não rasgará, mantendo seus pés protegidos de contato com substâncias contaminadas, mesmo se o saco exterior rasgar. Amarre bem forte os cadarços.


Mãos – Coloque uma luva de borracha fina (luva cirúrgica, se possível) e por cima uma luva de couro. Tem umas luvas de trabalho de couro que são bem baratas (entre R$10 e R$15), são as “luvas de vaqueta”:

Tenha várias luvas cirúrgicas e algumas luvas de vaqueta de reserva.

Corpo – Use sempre calças compridas de tecido resistente (jeans), bem como jaqueta ou outra vestimenta de mangas compridas e tecido resistente.

Se você for passar por áreas de distúrbio, com possíveis enfrentamentos com forças públicas, alguns outros cuidados são necessários.

Olhos – o ideia é usar óculos completamente fechados, para evitar contaminar os olhos com gás lacrimogêneo, de pimenta e similares. Pode ser até um óculos de natação ou de motociclismo.

Rosto – Tenha sempre um lenço em volta do pescoço, para cobrir boca e nariz se necessário. Tenha sempre no bolso um frasco com vinagre. Em caso de ataque com gás, ensope o lenço com vinagre e cubra o rosto (nariz e boca) com ele. O vinagre minimiza os efeitos dos gases, respire através do lenço.

Cabeça – talvez seja uma boa ideia usar um capacete de motociclista.

Corpo(2) – se você achar que o enfrentamento será inevitável, pense na possibilidade de usar uma roupa grossa de neoprene (de surfistas ou mergulhadores) por baixo de tudo. O neoprene amortece o impacto de balas de borracha e torna ineficazes armas de choque (taser / bastão de choque).

Obviamente, se a situação for de Guerra, com munição real e letal (chumbo grosso), nada disso terá efeito.


7. Transporte

Tente manter o tanque do seu carro sempre cheio.

Encha o tanque uma vez, e quando estiver chegando na metade, complete. Talvez você não possa usar seu carro, mas se puder e tiver que deixar sua cidade, você não vai querer perder horas na fila do posto, isso se houverem postos funcionando.

Se você tiver recursos, considere a opção de trocar seu carro por um 4 x 4.

Isso faz toda a diferença se você tiver que passar sobre escombros, lama, canteiros centrais de avenidas e rodovias ou tomar caminhos alternativos pela calçada, por dentro de praças ou pelo meio do pasto.

Tenha um meio de transporte alternativo, como uma moto ou bicicleta.


8. Diversos

Tenha em casa algumas ferramentas, como alicates,chaves de boca, chaves de fenda, serrote, serra para metal, machado, martelo, pá, picareta e cordas (uns 20 ou 30 metros).

Gaste um pouco mais e compre ferramentas de boa qualidade. Na hora do sufoco você pode ficar em maus lençois se o seu alicate “made in China” quebrar.

Tenha em mente que você pode ter que abandonar sua casa ou sua cidade. Se você mora em uma cidade grande, a situação rapidamente se degradará em guerra civil, cada um por sí lutando por comida e água.

Não espere a coisa chegar neste ponto, abandone a cidade antes.

Defina locais para os quais poderia ir e quais rotas seguir, com bastante antecedência.

Tenha uma mochila preparada com uma muda de roupa, alguma comida, água, lanterna, isqueiro, rádios, mapas e tudo o mais que você julgar necessário. Avalie a quantidade de itens x peso e chegue em um meio termo, lembres-se que você talvez tenha que carregar esta mochila por vários quilômetros, a pé.

Em uma situação abrupta, ou no caso de ter que abandonar sua casa rapidamente, o conteúdo desta mochila deve mantê-lo por alguns dias.

Sei que é muito difícil ter ou fazer tudo o que listei, mas o quanto mais disso você tiver ou fizer, melhor você vai passar por uma situação crítica.

quarta-feira, 19 de agosto de 2015

Horta doméstica: como plantar em casa

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Onde plantar em casa?
Jardineira vertical
Jardineira vertical
As plantas nem sempre precisam de espaço, porém não sobrevivem sem luz. O local escolhido para você para fazer a sua horta precisa ser iluminado. A maior parte delas necessita de pelo menos quatro horas diárias de exposição ao sol (se for possível, o sol da manhã ou do fim da tarde).
Se o seu espaço é reduzido, pode optar pelas jardineiras, que podem conter mudas de diferentes tipos. Cuidado apenas ao misturar espécies! O ideal é plantar hortaliças com características semelhantes, como a necessidade de água e o tipo de terra adequado.
Você pode plantar até dois tipos de planta no mesmo vaso, observando a distância entre elas. Manjericão e coentro, por exemplo, devem ser plantados a uma distância de 30 centímetros um do outro.
Como e quando regar?
Para manter uma horta, você deverá ter disposição para regá-la. Isso deverá ser feito em horários em que o sol não esteja muito forte: a evaporação devido ao calor vai prejudicar a alimentação das plantas.
Também é preciso verificar qual é a quantidade ideal para cada espécie: o excesso de água aumenta a possibilidade da proliferação de doenças. Para evitar que fiquem encharcadas, cuide para que os vasos tenham furos para auxiliar no escoamento da água. Uma boa dica para saber se está na hora de regar é tocar a terra para se certificar de que não está úmida.
O que plantar em casa?
A escolha dos vegetais a serem plantados depende do que você quer ter à disposição. É importante também saber que tipos de hortaliças, frutas, ervas ou temperos são adequados ao espaço de que você dispõe.
Se você tem um belo jardim disponível, invista em árvores frutíferas e em hortaliças como abobrinha, berinjela, brócolis e pimenta, por exemplo. Hoje em dia, no entanto, nem todo mundo tem espaço para cultivo. Mesmo assim, é possível utilizar terraços, varandas e sacadas de apartamentos para plantar em vasos.
Mudas x sementes
Analise também o que é melhor no seu caso: comprar mudas ou sementes. A plantação da semente é mais demorada. É o mais indicado para vegetais como beterraba e cenoura. A opção das mudas é para quem tem mais pressa. É o ideal no caso da alface, por exemplo. Além disso, de maneira geral, as mudas podem ser plantadas em qualquer período do ano. No caso das sementes, a época ideal varia de acordo com a espécie.
Temperando a comida
Ervas em vasos
Ervas em vasos
Existem diversas opções de ervas e temperos que podem ser cultivados em vasos, colocados em pequenos espaços. Os temperos mais comuns para serem plantados em casa são alecrim, cebolinha, salsa, coentro, hortelã, manjericão, manjerona, tomilho e orégano. Confira algumas dicas:
  • Alecrim: Em geral, é usado para temperar carnes e legumes. Deve ser plantado em um vaso redondo e fundo, com profundidade de 30 a 40 centímetros. Precisa de ambientes ensolarados.
  • Hortelã: É usada para temperar pratos salgados, como saladas, peixe e carneiro, mas também para aromatizar sucos e sobremesas. Deve ser plantada em um vaso com terra sempre úmida e precisa ficar em um local com exposição ao sol. A hortelã deve ser plantada sozinha, pois suas raízes podem matar plantas próximas.
  • Manjericão: Dá um sabor e aroma especiais à comida. É utilizado em molhos, carnes e peixes. Não deve ser plantado em um vaso pequeno, pois pode chegar a 60 centímetros de altura. Precisa ser bem hidratado e ficar em um local em que pegue sol.
  • Orégano: É amplamente utilizada na cozinha: em pizzas, saladas, molhos, peixes e carnes. Pode ser plantado em recipientes menores, gosta de solo leve, umidade e bastante luz.
  • Tomilho: Pode ser usado no tempero de peixes ou carnes. Chega a 30 centímetros de altura e pode ser plantado em um vaso pequeno. Precisa de bastante sol.
Manutenção da plantação
Retire folhas secas e amareladas das ervas e revolva a terra a cada três meses, com cuidado para não danificar as raízes durante a operação. A horta em vasos dura de seis meses a um ano. Passado esse período, troque a planta por outra.
É recomendado adubar a sua horta pelo menos duas vezes por ano. Os adubos orgânicos são mais indicados que os químicos, porque você vai utilizar os temperos plantados na sua alimentação. Monitore com frequência possíveis ataques de pragas. Se ocorrer, opte por inseticidas naturais, como calda de fumo ou de sabão, já que as ervas irão direto para o seu prato!
Verduras e legumes em casa
Alface em vaso
Alface em vaso
A maioria das hortaliças que nascem no chão também podem ser cultivadas em vasos. Alguns exemplos das verduras e legumes que você pode ter na sua casa são alface, tomate, rúcula, cenoura, beterraba, rabanete, cebola e espinafre! Confira dicas para ter uma salada saudável na sua casa:
  • Alface: Precisa de um ambiente com bastante exposição solar, necessita de cinco horas diárias de sol e circulação de ar. O vaso deve ter pelo menos um palmo de profundidade. As floreiras são uma boa opção, pois garantem também espaço para várias mudas. A alface precisa de um solo rico em nutrientes, portanto, você vai precisar adubá-lo. O ideal é regar em dias alternados. O ciclo da alface varia entre 60 e 90 dias. Na hora da colheita, você deve extrair a planta toda.
  • Tomate: Embora seja uma fruta, é bastante utilizado nas saladas e molhos. O tomate deve ser plantado em local arejado e com exposição ao sol: precisa de quatro horas diárias de luz solar. O vaso deve ter cerca de 40 centímetros de altura. Você deve semear os tomates entre os meses de abril e junho. A planta precisa de umidade e deve ser podada assim que tiver ramos com flores. Nesse momento, a parte superior do caule deve ser cortada. O tomateiro também deve ser preso a uma estaca, o que vai auxiliar a suportar o peso dos frutos.
  • Rúcula: É uma planta de rápido cultivo: as folhas podem ser colhidas quatro semanas após semeadas! Ela pode ser mantida em ambientes fechados, já que se desenvolve melhor em locais não muito quentes. Como as raízes são pequenas, não precisa de um vaso grande: 20 centímetros de profundidade já são suficientes. As sementes são pequenas, por isso podem ser plantadas superficialmente.
Fruta direto do pé
Laranjeiras em vasos
Laranjeiras em vasos
Apanhar a fruta do pé e comer imediatamente tem outro sabor: para muitos, o gosto da infância! Se você quiser, pode cultivar uma árvore frutífera em casa, mesmo em pequenos espaços. Alguns dos tipos mais indicados são aqueles que têm porte pequeno e crescimento lento, como pitanga, jabuticaba, limão e romã.
Se você mora em apartamento, pode plantar a sua árvore frutífera em um vaso. Preste atenção ao tamanho do recipiente: deve ter pelo menos dez centímetros a mais de diâmetro que o torrão da muda. O vaso deve ter um furo no fundo, para o escoamento da água. As frutas precisam de umidade, mas ela não pode ser excessiva. Você deve regar a sua árvore frutífera até quatro vezes por semana no verão e duas vezes por semana no inverno. Confira algumas espécies indicadas para o cultivo em vasos:
  • Jabuticabeira: A árvore pode chegar aos dois metros de altura. Precisa de um solo profundo, sendo ideal para o jardim. Porém, pode ser plantada em um vaso profundo, de preferência com 50 centímetros de altura por 50 centímetros de largura. Frutifica entre setembro e dezembro. Não precisa de sol direto e é sensível ao frio. Por isso, se adapta bem a ambientes cobertos.
  • Romãzeira: É uma planta resistente ao frio e a condições diversas de temperatura e clima. Seu tamanho varia de dois a cinco metros de altura. O mais indicado para vasos é a minirromãzeira. Essa árvore frutifica entre o fim do verão e o início do inverno.
  • Limoeiro: Precisa de um ambiente que seja bastante iluminado: a planta necessita de seis horas de exposição ao sol por dia. Deve ser plantado em um recipiente grande, de pelo menos 80 centímetros de largura por 70 centímetros de altura. O vaso deve ser colocado em local com circulação de ar. A terra deve estar sempre úmida, porém nunca encharcada. O mais indicado é o limão tahiti.
Opção prática e saudável
Escolha o que você vai plantar e coloque as mãos na massa, ou melhor: na terra! A falta de espaço não é motivo para você não ter a sua horta doméstica. Essa é uma boa maneira de economizar recursos na compra de alimentos e, ao mesmo tempo, de consumir frutas, verduras, legumes e temperos mais saudáveis, livres de agrotóxicos.